quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Koan Zen



"Dois monges discutiam a respeito da bandeira do templo, que tremulava ao vento. Um deles disse:
- A bandeira que se move.
O outro disse:
- É o vento que se move.
Trocaram ideias e não conseguiam chegar a um acordo. Então Hui-neng, o sexto patriarca, disse:
- Não é a bandeira que se move. Não é o vento que se move. É a mente dos senhores que se move.
Os dois monges ficaram perplexos."

Saudade



Saudade do teu perfume,
Que às vezes acho que sinto.
Impulso instantâneo,
Na lembrança repito.

Saudade da tua voz,
A qual finjo ouvir.
Feminina, gostosa,
Forço a memória a sentir.

Saudade do nosso beijo,
No qual vejo o infinito.
Com olhos fechados,
O tempo não sinto.

Saudade de te fitar,
Bem de perto,
Pra fixar,
Com o olhar curto,
A imagem do amar,
Sem nenhum turvo.

E, felizmente,
Toda a saudade é preenchida,
Rapidamente,
Com mais perfumes marcantes,
Mais beijos paralisantes
E mais olhares inocentes.