segunda-feira, 31 de março de 2008

Vivo!
Sinto a luz,
Cheiro o destino,
Toco o espaço.

Ouço o silêncio em notas azuis.
E o tempo, ondas brancas,
Sobem e descem.

Está sempre à mostra,
Basta enxergar seu som
E ouvir seu eco.

sábado, 29 de março de 2008

Aforismo


Só consegue conviver em apreciação plena com a harmonia
quem consegue conviver sem depreciar com o caos
.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Dualismo



Espíritos do mal,
Espíritos do bem,
Venham a mim,
Me mostrem o além.

Não sei se sou bom,
Não sei se sou mau.
Só sei que não busco o caos,
Só o bem.

Quero harmonia,
Mas ganho caos.
E se quero caos,
Ganho nada.

Então, quero mais nada!
Mas também quero tudo...

segunda-feira, 24 de março de 2008

O vazio

É preto,
É branco,
Mas amarelado
No meio.

É no meio
Que não há peso,
Há leveza.

A leveza,
Quase insustentável,
É cheia
De vazio.

É vazia
De preto.

domingo, 23 de março de 2008

Pensar, sentir? Sentir, pensar?


Emoção, .......................... Sensação,

Razão, ............................. Emoção,
Sentimento? ........................ Razão?

Sentir, .................................. Sensação,
Ouvir, ................................... Sensação,
Pensar, ................................ Emoção?

SEM SER SÃO!

Ver

Matéria ou energia?
Tudo energia
Em diferentes concentrações.

Calor, movimento
E luminosidade
É o que se perde
Com a idade.

Abra seus olhos,
Não olhe pro chão,
Olhe acima o céu,
Sinta o véu.

E veja novamente,
Mas agora dentro.
E sem esquecer
Do som, do cheiro,
Do sentimento...

Luz



Dualidade ambulante,
Nos conecta.

Se abre num leque,
São as cores:
Pluralidade.

Movimento puro,
Branco no preto.
Singularidade.

Incessante,
Interminável,
Amável e detestável.

Sem luz não há troca,
Há frio somente.
Congelamento.

Ver luz;
Viver luz;
Ser luz.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Tempo

Tempo, sou seu.
Faço de tu meu guia.
Se passas rápido demais,
Recuarei.
E se ficar lento,
Mais ainda parar ei.

Finalmente te encontro,
E o seu amigo, o espaço,
Mostra-se junto.

Os paradoxos
Deixaram de me variar,
Pois você, ó tempo,
Está no espaço,
E eu em você.

Ele


Meu cérebro é estranho.
Induz com a direita,
Mas reproduz com a esquerda.
É destro, mas deseja é ser canhoto.

Pela direita ele intui,
Mas, também,
Pela esquerda desobstrui.

Me mostra infinitos paradoxos,
Que os sentidos só ele os tem.

Estou rendido, faço o que ele mandar.
Cansei da luta, abandono meu orgulho,
Viro pó.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Loucura



A linha é fina.
Sanidade ou insanidade?

O tempo corre, me cutuca.
Sinto o coração,
Não mais mudo.

Agora ele tem o poder da voz,
Mas sufocado.
Recuar ou aguentar senti-lo,
É o que me resta.

É tarde, é cedo,
É agora.


Heim?

Cadê o infinito?

Heim!? Senhor
Finito?

Água quente na cabeça,
Fria no pé.
Esquenta, então,
Esse teu pé!

Finito,
Agora é contigo!