Olhando o azul escondido pelas nuvens, Vejo um pássaro, voo com ele. Pelos seus olhos aparece a fresta Nessa imensidão branca. Plano sobre o verde refletido da mata. Não sei se olho acima ou abaixo... Atravesso então o céu, Almejando o firmamento, A abóbada celeste.
O branco, agora intensificado, Está amarelado pelos raios do sol. Essa luz divina Que alimenta tudo e a mim. A razão do verde, A raiz de todas as contemplações.
Entendo que o um é a origem, E o dois a dualidade. Vejo no três o primeiro equilíbrio, E no quatro sua planificação. O cinco abre a porta do infinito, E o seis é sua malha.
O sete é o metafísico, E o oito os possíveis caminhos. O nove não se enxerga, E, chegando ao dez, a gente volta No ciclo infinito que parte do nenhum.