segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Dor

Na noite fria
O vento fuma meu cigarro,
As cinzas caem sobre meus pés
E a brasa alcança meu dedo.
O calor queima,
Estou vivo.


quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Sol



Olhando o azul escondido pelas nuvens,
Vejo um pássaro, voo com ele.
Pelos seus olhos aparece a fresta
Nessa imensidão branca.
Plano sobre o verde refletido da mata.
Não sei se olho acima ou abaixo...
Atravesso então o céu,
Almejando o firmamento,
A abóbada celeste.

O branco, agora intensificado,
Está amarelado pelos raios do sol.
Essa luz divina
Que alimenta tudo e a mim.
A razão do verde,
A raiz de todas as contemplações.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Números


Entendo que o um é a origem,
E o dois a dualidade.
Vejo no três o primeiro equilíbrio,
E no quatro sua planificação.
O cinco abre a porta do infinito,
E o seis é sua malha.

O sete é o metafísico,
E o oito os possíveis caminhos.
O nove não se enxerga,
E, chegando ao dez, a gente volta
No ciclo infinito que parte do nenhum.