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O tempo escorre como água.
A vida passa como vento.
Rajadas de ar,
Às vezes frias, às vezes quentes.
Relâmpagos de dor,
O sofrimento desacelera.
A areia da ampulheta não termina,
Girá-la não adianta.
Nada nunca irá parar,
O movimento é a condição.
Pulso infinito,
Corrente constante,
Tremor trepidante,
O universo é ato.
Com nós no peito,
Sigo assim.
Pensar no que fazer,
Algo útil...
Como seguir algum caminho,
Se o caminho é não o tê-lo.
Ser livre como um pássaro no céu,
Em vez de um carro numa estrada.
A mente mecânica ilude...
Os sentidos estão aí
Para mostrar a verdade.
O pensamento pensa demais.
O sentimento também.
As sensações são reprimidas,
O que acompanha a dor das mesmas.
Preciso ser alguém,
O mundo pede isso.
E, apesar de me entender vazio,
Meu redor não o permite.
Preciso aprender a ser só,
A só ser...
Pois quando ela vier me buscar,
Sozinho vou estar.