O passado é memória.
No atual, ambos se misturam,
Determinando que presente será visto.
Presente que automaticamente vira passado,
Transformando o ser,
O atualizando.
O trânsito é sempre entre o atual e o virtual.
Este, que é, coexiste com aquele, que passa.
O presente só vira ser depois que acontece;
Preenche o mesmo oceano do passado que já existe.
O passado não é guardado;
Somos nós que nos guardamos nele.
O presente não nos aparece puro;
É distorcido, também, por nossas expectativas do futuro iminente.
O afastamento desse ansiar,
O silenciamento da crítica do que já passou,
Intensifica a percepção do atual,
Torna livre as potências.
Aparece, enfim, o contemplar.
Um comentário:
Postar um comentário