sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O insondável


No escuro, alimento.
No claro, expressão.
Inconsciente; consciente.

Somente a árvore vê a luz.
Para a raiz, sempre é noite.

O fluxo é do interno ao externo.
Para chegar à consciência,
A inconsciência é percorrida.

Infinito fora,
Infinito dentro;
No meio existimos.

A fonte, ninguém sabe.
O céu, todos podemos olhar,
Mas os olhos estão ao chão.

O que está em cima
Reflete o embaixo,
Mas disso não lembramos.

Início, meio e fim


Antes, havia o ponto.
Sem tempo, intangível.
Potencial puro, infinito,
Numa espera inexistente,
Em um vazio incompreensível.

Do nada, expansão eterna;
Surge a pluralidade.
Um mar de variáveis,
Em possibilidades incontáveis,
Se guia em tendências,
Numa infinita criatividade.

No equilíbrio entre calor e frio,
A expressão ganha canais,
Em arranjos se materializa,
E o ser condensa em vida.

Infinito afastar,
Silencioso congelamento.
No distanciamento sem parar,
Não restará nem pensamento.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Deus



Se as possibilidades fossem somente infinitas,
Se não houvesse tendências,
O acaso só poderia existir pontualmente,
E só haveria caos.