quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Memória



Hoje quero falar sobre memória.
Sobre essas estranhas fotografias do nosso viver, que como fotos normais também não resistem ao tempo.
Sobre essa memória incobrável, que não aceita ser sufocada e se rebela contra o dono.
Essa memória suspeita, memória borrada, que se tem certeza no sentir, mas se desconfia na razão.
Sem catálogo e com escolha somente na pura vontade, a qual nem sabemos se temos governo.
É irracional; se gasta ou surge sem ser pedida ou chamada.
E de vez em quando enganosa.
Mas, mesmo assim, é nossa única conexão com o passado, nosso caráter e, de certa forma, nossa vida.

E se a memória das coisas são tão distorcidas, por que a de quem somos também não seria?


3 comentários:

Caio disse...

Ahn, isso me lembra alguma coisa.. talvez, memórias remémoras sejam apenas um pleonasmo do nosso eu..

Caio disse...

Ah, estive pensando, podíamos criar um blog conjunto um dia.. sozinho, eu não animo. O que achas?

Anônimo disse...

isso foi brilhante seu filha da puta