Dia e noite, planeta em rotação.
Feminino e masculino, translação.
O sol mantém tudo,
Galáxias giram.
Suga o buraco negro, mudo.
O cérebro, também dois,
Intui e deduz,
Mas não suga, expande,
Sem ser negro,
Sendo luz.
O cérebro, obcecadamente,
Deduz mais que intui.
Já que só aceita a intuição
Se também houver dedução,
Pois a fé, curta,
É subjugada pela razão,
Orgulhosa e intolerante;
Convencionada e cristalizada
Pelo passado, constante.
A intuição preenche metade.
A dedução a outra metade.
Se complementam,
Se relacionam,
Mas não se misturam.
Logo não há dedução
Que explique, sozinha,
Alguma intuição.
3 comentários:
Exatamente aquele lance dos bebês que eu te falei:
"Convencionada e cristalizada
Pelo passado, constante."
Do caralho a foto!
É tudo culpa da inteligência. Ela recorta, recorta e ai deduz. É tudo culpa dela. Ela não entende o tempo, só o instante, outro recorte. É tudo culpa da porra da inteligência. Ela subtrai, institui leis ao bel prazer e organiza o mundo, convencionado e cristalizado. E ai fode tudo. Daí fica tudo muito superficialmente conveniente (pra quem pode). A gente não mergulha no tempo e não se afeta. E que merda de espírito é esse que não flui!? É tudo culpa da inteligência.
E viva Bergson!
Também venho sendo muito influenciada por essas aulas de sábado... Tinha escrito um troço depois de uma das aulas e me lembrei depois que li aqui, daí postei. Enfim, legal o blog. Vou ver com mais calma depois... Por enquanto, só uma pausa entre um capítulo e outro da estimada monografia. rs
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