quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Atenção

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A atenção ao externo
Potencializa o interno,
Afia a mente
E a faz alerta ao universo,
O verdadeiro agente.

O ser humano,
Além de ser humano,
É parte disso tudo.
Mas nós pensamos
Que somos os únicos agentes
Desse mundo fluente,
Que, como condição para fluir,
Deve se auto-concluir,
Sem deixar nenhum ente ausente.

Quando aceitamos tudo,
Sem distinção perante a gente,
Nos integramos
A todos esses outros
Também agentes...

Mas que agora,
Junto à gente,
Deixam de conflitar e fluem....
Finalmente... perfeitamente...


Tente ficar em silêncio.
Só que não o silêncio externo...
O interno.

A voz, dentro, não pára!

Tente novamente...
Fixe em algum ponto.
Veja quantos segundos demora sua mente a falar.
Não muitos...

Se se precisa de esforço para que se a cale,
Há desequilíbrio.

Sem equilíbrio a atenção não resiste.



O desequilíbrio do corpo é visível,
Já o de dentro:

Oculto.

Em tudo se quer inferir,
A aceitação é curta.


Agora,
Se quiseres ouvir o mais belo som:
O do silêncio...

Há de deixar tudo!

Seja um nada.
Finja que o conhecimento não existe...
Que somente existe o presente e a presença...


E, se tiveres uma prova dele,
É o suficiente,
Mesmo que para sempre ele se ausente.



Basta não esquecê-lo.

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