quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Silencioso barulho



Minha alma inquieta.
Há uma voz:
A voz da mente.
Mentirosa.

Tentar o silêncio,
Abrir os canais
Pelos quais a energia flui
Sem cessar.

Estar sempre aberto,
Se dar...
É o que é necessário
Para ouvir sem falar.

Sem a fala
Vem o viver.
Com o silêncio
Há o esperar.

Vivendo e esperando,
A vida se mostra,
A percepção flui
E o interagir se alastra.

O objetivo some como ponto,
Mas reaparece como planos.
Se mostra a qualquer hora,
Larga da distância.

Próximo à fonte
Se bebe da força,
O impulso criativo aparece
E o corpo se funde.

O poema não tem fim,
Assim como o destino.
Vivo então sem rumo,
Porém afim...


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