O verde, à noite, escurece...
O vermelho arde,
E o amarelo desaparece.
O preto, então, aparece
Na noite onde as cores somem.
Me resta o branco, interno.
É nessa imensidão vazia
Que meus sentimentos florescem,
Quietos...
Minha alma, fervida pelo dia,
No preto se revela...
Os potenciais de dentro
Se misturam...
Alguns vivos,
Outros a caminho da morte,
Nessa infinitude que existe
E deixa de existir a cada segundo.
Vitalidade extensa,
Mortricidade intensa,
Embaralha-me, intensifica-me,
A cada morrer e a cada viver...
Sou um motor de solidões frias,
Conexões quentes
E relações vazias.